Revestimento da fachada com argamassa de cal

Descripción sistema

Uma antiga moradia unifamiliar situada no município de Alella, na região de Maresme (Barcelona), cuja fachada virada a poente apresentava, de um modo geral, um revestimento enegrecido devido ao bolor e um rodapé com reparações antigas que prejudicavam muito a estética do conjunto.

O suporte base da fachada é um muro de alvenaria de pedra na parte inferior, com alvenaria na parte superior.

Motivo da intervenção

A propriedade decide remover o revestimento antigo e substituí-lo por um novo revestimento à base de cal, de cor semelhante ao original.

Desafios e condicionalismos

“A nova argamassa de reboco deve ser à base de cal e adequada para aplicação em substratos mistos de pedra e tijolo.
“Deve ser capaz de nivelar o suporte até uma espessura de vários centímetros.
“A argamassa que preenche as juntas da parede de pedra é ligeiramente friável e, por conseguinte, necessita de um tratamento de consolidação.
“Os trabalhos serão efectuados em julho, um mês caracterizado por temperaturas elevadas. Esta circunstância obrigará a que se tenha cuidado durante a aplicação nos aspectos relacionados com o tratamento do suporte e a cura da argamassa.

Solução Molins

“Eliminação e remoção do revestimento antigo da fachada até que o suporte de base fique a descoberto.
“Como não existem problemas de ascensão capilar, o plinto pode ser tratado com a mesma argamassa de regularização REVAT® CAL FONDO (GP CSII W0 segundo a norma UNE EN 998-1) que será utilizada no resto da fachada.
“As juntas de argamassa do muro de pedra serão vazadas e tratadas com o consolidante PROPAM® DUR, antes de serem preenchidas com a argamassa REVAT® CAL FONDO.
“Uma vez regularizada a superfície do suporte com REVAT® CAL FONDO, proceder-se-á ao acabamento com REVAT® CAL TRADICIONAL (GP CSI W2 segundo a norma UNE EN 998-1).

Execução

“Remoção mecânica do revestimento antigo da fachada, até que o suporte original fique a descoberto.

“Aplicação de REVAT® CAL FONDO para regularizar a superfície da alvenaria na parte superior da fachada. O reforço com a malha de fibra de vidro REVAT® 110 permite homogeneizar o comportamento do suporte antes da aplicação da argamassa de acabamento.

“Aplicação de REVAT® TRADITIONAL LIME com uma espessura de 10 mm sobre a camada de REVAT® CAL FONDO.

“4. a espessura da argamassa de regularização na base e as temperaturas elevadas exigem uma aplicação e cura cuidadosas.

” 5. A aplicação de REVAT® CAL FONDO sobre o rodapé efectua-se em várias camadas, com um período de espera de um dia entre cada camada. Verificar se a malha de fibra de vidro REVAT® 110 está centrada na espessura desta camada de nivelamento. As juntas são previamente esvaziadas e consolidadas com PROPAM® DUR.

“6. a molhagem para a cura do revestimento REVAT® TRADITIONAL LIME foi efectuada 24 horas após a sua aplicação, e de forma escrupulosa, pois coincidiu com uma onda de calor, com temperaturas superiores a 40ºC. O resultado final, com um acabamento estético assinalável, correspondeu às necessidades e exigências do imóvel.

Nota técnica

Argamassas de cal aérea
A norma UNE EN 459-1: 2016 permite a utilização de cal aérea para a preparação de argamassas na construção e obras civis. Este tipo de cal provém de calcário puro com um teor de argila inferior a <5% e endurece apenas em contacto com o ar. Quando confinada ou na presença de água, não endurece, mas com a adição de silicatos, elementos naturais, e ao mesmo tempo componentes fundamentais do cimento, conseguimos que a argamassa assim formada desenvolva tempos de presa e endurecimento de acordo com os tempos de execução em obra.

As argamassas de cal aérea da gama REVAT® CAL têm um baixo módulo de elasticidade (não são, portanto, muito rígidas), o que as torna muito compatíveis com suportes antigos e tradicionais e ideais para a renovação e reparação de edifícios antigos, muitos deles construídos com materiais como a pedra, a alvenaria ou a alvenaria mista. Para além disso, a sua elevada permeabilidade ao vapor de água permite que o suporte sobre o qual são aplicados “respire”, contribuindo assim para evitar a formação da temida condensação no interior do edifício.